Autores: Efraim Rojas Bocallandro* e Irene Cardotti Boccalandro
Inicialmente, vamos fazer uma descrição do processo de constelação.
Bert Helinger, psicoterapeuta alemão, nascido em 1925, em Leimen, foi antinazista na juventude, mas foi obrigado a fazer parte do serviço militar alemão. Ordenou-se sacerdote católico, mas desistiu dos votos depois de estudar a psicologia da Gestalt e tornar-se psicoterapeuta. Descobriu que a consciência não é juiz para determinar o certo e o errado, mas sim, ligadas a ordens pré- definidas, batizadas de “ordens do amor” e “ordens de origem”. Criou uma dinâmica psicoterapêutica denominada de constelações familiares, que, mais tarde, ampliou sua abrangência, no chamado “movimentos da alma”. Sua abordagem busca a clareza sobre os laços de amor que unem a família, descortinando soluções inusitadas e simples para os problemas e conflitos psíquicos dos pacientes.
A constelação familiar constitui uma original maneira de levar a consciência a um nível maior de abrangência nos diferentes campos da vida. O primeiro requisito da constelação é que a pessoa a ser constelada consiga verbalizar um problema pessoal, querer examinar, e se possível superar. Feito isso, vai escolher uma pessoa que o represente, depois vai escolher uma ou várias pessoas para representar os indivíduos que fazem parte do problema focado. A seguir, vai colocar separadamente cada representante em um lugar do espaço em que se realiza a constelação, de acordo com seus sentimentos. Nesse momento, temos um conjunto de pessoas com espaços diferentes entre si e que pelo fato de que cada um constitui um vórtice de energia, podemos comparar esse sistema com uma constelação sideral. No caso da constelação familiar, o grupo de pessoas que a integra forma um sistema devido à interação entre cada pessoa e o resto do grupo, e entre o resto do grupo e cada pessoa. Dentro de um sistema, cada parte influencia o todo e o todo influencia cada parte. Essa vinculação é a característica do sistema.
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